A escola Leandro Franceschini
O patrono da escola é o Dr. Leandro Franceschini. Nascido em 1915 na cidade de Limeira, que veio morar em Sumaré com os pais ainda garoto. Médico formado no Rio de Janeiro, exerceu sua profissão com maestria na cidade, devido ao trabalho diferenciado – recebia pacientes de vários lugares do país. Foi eleito prefeito para o mandato de 1959 a 1962 no município de Sumaré. Pessoa carismática foi uma das maiores personalidades da história local.
Com as transformações sociais e econômicas que estavam ocorrendo na década de 1960, os jovens tinham necessidade de viajarem para as cidades vizinhas para dar continuidade aos estudos em nível de segundo grau e/ou formação técnica, pois Sumaré não contava com nenhuma escola técnica. Para suprir essa necessidade, em 25 de maio de 1961, o então prefeito Dr. Leandro Franceschini promulgou a Lei nº 301 que dizia:
“Fica o Poder Executivo autorizado a fundar e instalar na cidade de Sumaré, para funcionamento já no exercício de 1962, uma Escola Técnica Municipal de Comércio”.
No dia 8 de fevereiro de 1962, foi autorizado a funcionar a título precário a nova Escola através da Portaria Ministerial nº73, e instalada no dia 15 de março no prédio do Ginásio Estadual de Sumaré, localizado na Praça da República.
A criação do Colégio Comercial foi iniciativa dos então vereadores Manoel Affonso de Vasconcellos e João Rubens Gigo, que era comerciante e contador.
O doutor Leandro Franceschini foi o mais importante médico de Sumaré. Formado na Faculdade de Medicina da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, abdicou de todas as oportunidades de trabalhar em grandes cidades, para clinicar no lugarejo onde sua família morava – Sumaré. No tempo em que começou a exercer a profissão, utilizava charretes e táxis para atender seus pacientes, principalmente na zona rural. Em muitos casos não cobrava nada. Nessa época era o único médico existente na cidade. Ficou famoso em vários pontos do País, por causa do tratamento que fazia em pessoas doentes com varizes.
Foi também a realização do sonho dos jovens Orlando Fabbri e Paulo Ghirardello que estudaram contabilidade em outras cidades enfrentando muitas dificuldades com o transporte, que na época era precário. No dia 16 de março de 1962, após o exame de admissão com provas escritas e orais, as aulas começaram no período noturno, com 38 alunos. Havia duas classes: a 1ª série do Curso Ginasial e a 1ª série do Curso Técnico de Contabilidade. O Ginásio Comercial abrangia um curso de quatro séries e o Colégio Comercial (atual Ensino Fundamental II), um curso técnico de Contabilidade de três anos. No dia 7 de outubro de 1963, através da Lei Municipal nº 456, a Escola Técnica Municipal de Comércio passa a se chamar “Colégio Comercial do Município de Sumaré”. Nesse mesmo ano ficaram prontas as novas salas de aula e o escritório modelo, que recebeu em 1969, através do decreto 592, o nome de “Escritório-Modelo Carlos Biancalana”, homenagem ao primeiro sumareense formado em Contabilidade, que exerceu com eficiência e seriedade sua profissão em várias empresas em Sumaré. O Escritório Modelo funcionou até o ano de 1992, quando foi substituído pelo Laboratório de Informática.
Fachada do prédio do Colégio Comercial “Dr. Leandro Franceschini”, na década de 1970, na Praça da República n. 72. Era dirigido pelo professor Alvino Albanezzi e tinha uma expressão de qualidade regional, com muitos estudantes de cidades vizinhas. Esse prédio foi utilizado antes pelo Grupo Escolar “Prof. André Rodrigues de Alkmin” e Ginásio Estadual de Sumaré.
Foi também a realização do sonho dos jovens Orlando Fabbri e Paulo Ghirardello que estudaram contabilidade em outras cidades enfrentando muitas dificuldades com o transporte, que na época era precário.
No dia 16 de março de 1962, após o exame de admissão com provas escritas e orais, as aulas começaram no período noturno, com 38 alunos. Havia duas classes: a 1ª série do Curso Ginasial e a 1ª série do Curso Técnico de Contabilidade. O Ginásio Comercial abrangia um curso de quatro séries e o Colégio Comercial (atual Ensino Fundamental II), um curso técnico de Contabilidade de três anos. No dia 7 de outubro de 1963, através da Lei Municipal nº 456, a Escola Técnica Municipal de Comércio passa a se chamar “Colégio Comercial do Município de Sumaré”. Nesse mesmo ano ficaram prontas as novas salas de aula e o escritório modelo, que recebeu em 1969, através do decreto 592, o nome de “Escritório-Modelo Carlos Biancalana”, homenagem ao primeiro sumareense formado em Contabilidade, que exerceu com eficiência e seriedade sua profissão em várias empresas em Sumaré. O Escritório Modelo funcionou até o ano de 1992, quando foi substituído pelo Laboratório de Informática.
Em 7 de maio de 1968, através da Lei Municipal nº 829, o Colégio Comercial do Município de Sumaré passa a ser denominado Colégio Comercial “Dr. Leandro Franceschini”, em homenagem ao seu criador. O projeto de lei foi de autoria do então vereador Oswaldo Roncolatto.
Além dos problemas burocráticos enfrentados para a implantação no novo curso, o mais importante foi a formação do quadro de docentes para lecionar as disciplinas. A escola contou com professores de cidades vizinhas e sumareenses habilitados para a nova empreitada. Com dedicação estes profissionais fizeram do Colégio Comercial um importante estabelecimento de ensino e referência na região. Tão importante como falar de seus professores é destacar a formação oferecida pela equipe aos jovens, que, formados, saiam e saem em busca de cursos universitários para dar continuidade aos estudos, em diversas áreas. O Colégio Comercial teve papel importante no processo de integração da população e divulgação do nome da cidade. É possível encontrar em nossa cidade advogados, dentistas, engenheiros, professores e outros, ex-alunos deste colégio.
Registro fotográfico do quadro de Formandos de 1964 do Colégio Comercial. O prefeito era José Miranda (1963 a 1966); Alvino Albanezzi era o Diretor da Escola; Leandro Franceschini o Paraninfo. Eram 11 técnicos em contabilidade e 16 Auxiliares em Contabilidade.
Com o crescimento da cidade e a grande procura por cursos profissionalizantes, em 1974 foi criado o Curso Técnico em Administração. Para atender a grande demanda para o curso técnico, a partir de 1979 o ensino de 1º grau do Colégio Comercial foi gradativamente extinto. O elevado padrão de ensino se espalhou rapidamente pela região, lotando assim todas as dependências disponíveis no prédio, sendo necessário ocupar outros espaços: a antiga subprefeitura e salas da Escola Estadual “João Franceschini”. Até que em 1989, passa a dividir o prédio novo da Rua Geraldo de Souza, 157-221, Jardim Carlos Basso com a E. M. José de Anchieta. Ficando assim dividido: durante o dia funciona a escola José de Anchieta (7h às 18h) e a noite Leandro Franceschini (18h às 23h).
Entrada Principal da E. M. Dr. Leandro Franceschini – Rua Geraldo de Souza, 157-221, Jardim Carlos Basso
Alguns espaços são de uso específico de cada escola (secretaria, direção, coordenação, orientação, laboratória do curso de Segurança do Trabalho) e outros de uso comum, tais como: salas de aula biblioteca, laboratórios de informática, biologia e química, auditório, sala de arte e de vídeo, cozinha, pátio, portaria, sala dos professores, quadras esportivas.
No novo prédio, além dos cursos de Contabilidade e Administração, em 1990 foram implantados também os cursos de Técnico de Secretariado (extinto mais tarde, em 1998) e o Técnico de Segurança do Trabalho. Em 1992 começou a funcionar também o curso de Técnico de Processamento de Dados.
A Escola Dr. Leandro Franceschini é resultado de lutas e conquistas de gestores, professores, pais e comunidade.
Diretores da E. M. Dr. Leandro Franceschini:
- Raini Raymundo Peterlevitz – novembro de 1961 a junho de 1963.
- Ivo Alves da Silveira – julho de 1963 a março de 1964.
- Alvino Albanezzi – maio de 1964 a 1971 – fevereiro de 1973 a janeiro de 1995.
- Cyríaco Antonio Espanhol – janeiro a junho de 1971.
- Angélica Maria de Oliveira e Silva – julho de 1971 a fevereiro de 1972.
- Philomena Palermo Baruque – fevereiro de 1995 a dezembro de 1996.
- Myrian Bufarah Consulin – janeiro de 1997 a novembro de 1998.
- Sandra Mara Bicaleto – dezembro de 1998 a fevereiro de 2000.
- Silvia Hady Frutuoso Vaughan – março de 2000 a janeiro de 2001.
- Janilde Noveletto Chiqueto – fevereiro de 2001 a janeiro de 2007.
- Rejane Ap. Barijan de Vasconcelos – fevereiro de 2007 a janeiro de 2010.
- Mirela H. Cia Medeiros (substituta) – abril de 2009 a janeiro de 2010.
- Ivani Ap. Lapi Trevisan – fevereiro de 2010 a janeiro de 2011.
- Claudia Cristina C. do Prado Mauricio – fevereiro de 2011 a janeiro de 2015.
- Tânia Cristina Martins de Oliveira (substituta) – agosto de 2012 a janeiro de 2016.
- Márcia Ap. Gotardi Albanezi Bertolazzi – fevereiro de 2016 a janeiro de 2017.
- Maria Aparecida de Castro Rodrigues – fevereiro de 2017.
- Clóvis Adriano Viana – agosto de 2017 a janeiro de 2020.
- Erica Jandoti Garcia – fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021.
- Donizete Cosme de Oliveira (atual diretor)
Prof. Alvino Albanezzi
Entre os gestores desta escola podemos destacar o Prof. Alvino Albanezzi, que nasceu em 24/02/1932, na cidade de Ribeirão Preto. Dedicado aos estudos, formou-se em Técnico em Contabilidade e Curso Normal. Veio para a cidade de Sumaré em 1959 para assumir o cargo de professor no Grupo Escolar Professor André Rodrigues de Alkmin, onde lecionou durante 30 anos para Ensino Fundamental I. Para aumentar a renda da família assumiu algumas aulas de História no Colégio Comercial de Sumaré.
Em 1964, no inicio do ano letivo foi convidado pelo prefeito da cidade para assumir a direção do Colégio Comercial, que mantinha os cursos técnicos de Administração e de Contabilidade. Foi gestor desta escola até o ano de 1995, quando se aposentou. No período de 1971/1972 ficou afastado da direção por problemas políticos.
Durante os 30 anos à frente da escola, conquistou a admiração de colegas de trabalho, funcionários, alunos, pais e comunidade. Gestor preocupado com a educação de seus alunos criou alguns projetos, entre eles a Biblioteca Solidária, onde alunos recebiam livros doados por outros alunos, através de campanhas de doação de livros. Além da educação o Prof. Alvino também se dedicou a outras atividades, ajudou a fundar a Liga Sumareense de Futebol, a qual dirigiu e organizou diversos campeonatos de futebol.
Professor Alvino Albanezi (24/02/1932 – 10/07/2019): Em memória afetuosa. Fonte: Região Hoje Santa Bárbara e Região. Disponível em: <https://www.regiaohoje.com.br/noticia/10756/camara-de-sumare-decreta-luto-oficial-pela-morte-do-ex-presidente-alvino-albanezi.html#foto>. Acesso: 17/06/2023
Foi presidente do Clube União Cultural XVI de Dezembro. Foi vereador por duas legislaturas (1973 a 1982) e Presidente da Câmara, se destacou na luta pela educação da cidade, ampliou os cursos técnicos oferecidos pela Escola Dr. Leandro Franceschini. Ele é definido por sua filha Márcia, atual diretora dessa escola, como “muito ativo na educação, ensinando a ler e escrever, a pensar com clareza e a se posicionar, profissionalizando os jovens, que conquistavam postos de trabalho nas empresas que se instalavam na região de Sumaré.”
É importante ressaltar o que escreveu o Prof. Alaerte Menuzzo: “Se a política não conseguiu dar-lhe o reconhecimento merecido, fica a certeza que seus alunos e os verdadeiros sumareenses sabem distinguir com clareza o joio do trigo”.